quinta-feira, 10 de abril de 2014

COMBATE À HOMOFOBIA - FORÇA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA HISTÓRIA PLURAL

"Não é uma questão de preconceito, mas você sai para jantar com a sua família e vê dois homens juntos...." 
Acho que nem preciso continuar a frase, um bolo se formou no meu estômago qdo eu ouvi isso, eu estava em um jantar, acho que eu estava cansada demais para discutir, simplesmente levantei e saí. Fui fraca.

Há alguns dias, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) tratou do assunto homofobia, e fez uma conexão desta como uma herança da ditadura militar.

A História no (do) Brasil (se contarmos a partir do ano 1500) é recente, de luta e dor, mas parece que a depositamos em um passado inacessível. 
A História é o que vivemos. O que vivemos não surge 'do nada'; engraçado dizer isso, mas tenho a impressão de que a concepção de que somos historicamente construídos, (SOMOS, e NÃO 'FOMOS') é incompreensível. 
A homofobia não surgiu hoje, não é recente; tratar do tema, estimular discussões acerca do preconceito, da criminalização (PLC122/2006) não é moda, ou não deveria ser. Não pode esgotar-se, ou limitar-se a um núcleo polarizado; o contrário, é a pluralização que deve emergir, e ficar, permanecer em ebulição, porque a fervura é antônimo da indiferença.

O debate é comumente extenuante, mas o cansaço (como o que eu senti) não pode justificar a fuga a ele. Espero não fazer mais isso, e que ninguém o faça.
Falemos!

Andréa Albuquerque, abril 2014.

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