Em seu livro "De frente para o Sol", Yalom nos desafia a ir ao encontro do que, tantas vezes, tememos; o título remete ao belo (e real) pensamento de Le Rochefoucauld, de que "nem para o sol, nem para a morte, nós conseguimos olhar fixamente". (ou pelo menos, não por muto tempo).
Contradizendo um pouco isto, a lucidez da minha mãe acho que lembra mais a poesia de Raulzito "O caminho do risco é o sucesso. O acaso é a sorte. O da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte!"
Não ser egoísta, doar-se, ajudar, pensar no próximo...
Não lembro de ensinamentos vindos da minha mãe que não tenham como base, o fato de preocupar-se com o bem das pessoas.
Ela faz isso, sempre fez isso e pelo visto continuará fazendo...
Estou certa de que todos os seus seis filhos têm isso muito arraigado.
Caso contrário não teríamos compreendido perfeitamente sua decisão, e assinado, nós seis, o termo de declaração de vontade e testemunho de doação voluntária de corpo para estudo anatômico.
Doação de Órgãos (galera, bora doar! é importante deixar isso claro para a família) é quase óbvio para a gente... mas a minha mãe foi além, e declarou (registrado em cartório) a doação do corpo para o Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
A proposta é incrível e até minha mãe falar sobre o assunto, eu desconhecia.
Quem nunca pensou sobre isso, sobre a vida, o depois... por que não?
Ótima semana, ótima existência!!
Déia
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