Recebi um email da Barbara Saleh, querida editora do portal, lembrando-me que era dia de entrega de texto.
Eu queria muito escrever sobre a importância do contato humano, mas não consigo fazê-lo da forma como eu gostaria: poeticamente; porque sempre que me refiro a este assunto, o faço em contraponto aos relacionamentos virtuais e aos relacionamentos das pessoas com a tecnologia, e não consegui ainda, versar sobre o tema.
Eu já comentei algumas vezes sobre o meu "problema" com a tecnologia, de tempos em tempos tenho algumas crises, que geram uma vontade imensa de apagar todos meus emails, sair do twitter, facebook, essas coisas. Certamente muito de vocês também têm essas crises. Me digam!
Três amigos queridos (reais e virtuais) - e que não se conhecem - informaram em seus perfis que deixariam as redes sociais. A ação não durou uma semana. Foram meus heróis durante sete dias!
Admiro também aqueles que nunca deram a primeira postada!
Sim, eu sei que o equilíbrio é tudo, que podemos tirar o melhor dos dois mundos, tal, tal, tal, é do que tentam me convencer quando tenho esses chiliques; mas chilique é chilique, é para ser radical mesmo.
Certa vez uma chefe falou que se ganhasse na mega sena, atiraria o computador do décimo primeiro andar, possivelmente eu abriria a janela para ajudá-la.
E assim se dá a relação de amor e ódio com a tecnologia, afinal têm coisas bacanas por aí, na rede, nos aparelhos modernos, mas hoje não é dia de defendê-los!
Ano passado me chamou muito a atenção uma matéria que dizia que para manter a concentração no nível máximo nos treinos, Cesar Cielo evitará a internet até o fim das olimpíadas de Londres.
Bastante relevante se pensarmos o que acarreta esse apego à tecnologia, não é mesmo?
Enfim, muito se tem falado sobre o excesso de informação que recebemos, de como isso é, com o perdão da redundância, excessivo, desgastante.
O chilique é, possivelmente, decorrente deste excesso, desta necessidade de estar ligada, não sei dizer, um pouco de culpa até, e olha que faço uso dessas redes com muita parcimônia.
Esta semana iniciei um curso, talvez eu escreva um dia sobre isso, hoje ainda quero absorver um pouco mais, mas devo adiantar que realmente nada substitui o contato humano.
Nada substitui o contato humano? Óbvio! Isso parece lugar comum, frase feita, mas a gente entra nesse ciclo tecnológico e frequentemente não se dá conta do quão vital é o contato real.
E com a ironia que a tecnologia e vida nos apresentam, aqui estou eu, falando com vocês, pelo computador, - e nem em tempo real é!
Mas tudo bem, a gente se vê, preferencialmente, pessoalmente!!
Beijos clicados e abraço apertado!
Andréa
18/03/2012
Escrito para - e também disponível no - portal: Uma Mãe das Arábias
Nenhum comentário:
Postar um comentário